a maior empresa do mundo, primeira na história a atingir valor de mercado de US$ 2 trilhões, a Apple lançou nesta semana novas linhas de tablets e relógios e renovou sua aposta na gama de serviços. A frustração ficou por causa do adiamento da apresentação do iPhone 12. Por falta de peças decorrentes de fábricas de componentes fechadas, principalmente na Ásia, em virtude da pandemia, o aparelho, que tradicionalmente era divulgado em setembro, deve ser anunciado em outubro. Apesar do contratempo, que causa suspense entre consumidores e investidores, a expectativa com os lançamentos atuais é manter os bons resultados obtidos ano a ano.

No terceiro trimestre fiscal de 2020, finalizado no dia 27 de junho, a gigante de Cupertino registrou receita de US$ 59,7 bilhões, 11% superior ao mesmo período do ano passado. O lucro líquido foi de US$ 11,3 bilhões, crescimento de 12%. Até o ano passado, o iPhone era responsável por mais de 50% do faturamento da companhia. Segundo o balanço mais atual, hoje responde por 44%. Por segmento, as entradas no último trimestre foram de US$ 26,4 bilhões em vendas de iPhone (+1,7%), US$ 7,1 bilhões pelo Mac (+21,6%), US$ 6,6 bilhões por iPad (+31%), US$ 6,5 bilhões pelos gadgets vestíveis, de casa e acessórios (+16,7%) e US$ 13,2 bilhões em serviços (+14,8%).

Comandado pelo CEO Tim Cook, o evento de apresentação dos novos produtos e serviços foi transmitido online na terça-feira (15). O Apple Watch Series 6 traz como novidade a aferição do nível de oxigênio no sangue dos usuários. Não há previsão de data para chegar ao Brasil. O preço será a partir de R$ 5,3 mil. Já o novo Apple Watch SE é uma versão mais acessível do relógio, a partir de R$ 3,8 mil. Com relação aos tablets, o iPad Air ganhou o chip A14 Bionic, capaz de executar 11 trilhões de operações por segundo – esse processador deve estar também no iPhone 12. E a oitava geração do iPad agora vem com chip A12 Bionic, que introduz o Neural Engine pela primeira vez no modelo de entrada.

FUTURO A Apple avançou no setor de serviços, que é considerado a futura menina dos olhos da companhia, já que é a segunda maior fonte de receita da maçã. Foram dois lançamentos. O primeiro é o Apple Fitness+, voltado para os amantes de atividades físicas, com treinos de dez modalidades e custo mensal de US$ 10. Já o Apple One é um grande pacote de assinaturas voltado para a família. O plano mais barato, no Brasil, reunirá serviços de música, jogos, filmes e séries e armazenamento na nuvem por R$ 26,50 ao mês. A estreia está prevista para outubro.