Se esteve infectado pela Covid-19, já garantiu alguma dose de imunidade que vai ajudar a conviver com o SARS-CoV-2 daqui em diante. No entanto, existe uma forma de saber se contraiu a variante Ômicron e se a infecção ofereceu essa imunidade.

Os testes Covid-19 feitos em farmácias, por exemplo – testes rápidos de antígeno ou PCR – diagnosticam uma infecção atual. Existe outro tipo de exame, o de anticorpos, que é realizado através de uma amostra de sangue e que procura os anticorpos produzidos após uma infecção pela Covid-19. O teste visa dois elementos diferentes – um que indica uma infecção recente e outro que exibe os anticorpos que podem ter vindo de uma vacina ou infecção.

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“É importante saber se o teste que está fazendo procura os dois elementos”, explicou Jason Lane, diretor médico nacional de Estratégia Clínica e Resultados da ChenMed. Os testes de anticorpos estão disponíveis em consultórios médicos, laboratórios e farmácias. Certifique-se do teste que pode fazer – informe-se também se o teste lhe dará os níveis específicos ou simplesmente um resultado geral “positivo” ou “negativo”.

A parte complicada é que, se o teste for negativo para anticorpos, isso pode significar algumas coisas diferentes: que não esteve exposto ao coronavírus ou à vacina ou que os seus anticorpos diminuíram a um nível em que o teste não os consegue detectar. “Os testes de anticorpos podem ser úteis mas são difíceis de interpretar e usar corretamente”, explicou Lane. “Embora o teste possa dizer se teve a Covid-19 e tem anticorpos, isso não significa que esteja 100% protegido contra o vírus novamente.”

Uma razão para fazer o teste é entender melhor o risco – os especialistas garantem que é extremamente improvável que seja reinfectado com a mesma variante da Covid-19 um ou dois meses depois da recuperação.

Mas a questão que se coloca e que muitos querem saber é se ter um caso leve de Ômicron, com pouco ou nenhum sintoma, aumentou a imunidade o suficiente para oferecer alguma proteção contra a reinfecção. E isso ninguém sabe com certeza. A quantidade de proteção de anticorpos varia de pessoa para pessoa. A quantidade de anticorpos que cada pessoa pode precisar para proteção contra uma futura infecção também difere de pessoa para pessoa.