A Suprema Corte do Sri Lanka anulou nesta terça-feira (13) a dissolução do Parlamento, um revés para o presidente Maithripala Sirisena que buscava, desta forma, convocar eleições antecipadas para obter uma maioria e validar a polêmica nomeação de um novo primeiro-ministro.

Trata-se do último acontecimento na crise política que esta ilha do sudeste asiático atravessa, cenário de uma dura batalha pelo controle do governo.

A Suprema Corte pronunciou a sua decisão em um tribunal que estava lotado e protegido por centenas de policiais e comandos armados por medo de tumultos.

O máximo tribunal deste país de 21 milhões de habitantes de maioria budista também ordenou à comissão eleitoral cessar os preparativos para as eleições antecipadas, que haviam sido convocadas para o começo de janeiro.

O presidente do Parlamento, Karu Jayasuriya, anunciou uma reunião para quarta-feira. “O Parlamento deve agora cumprir seu papel, permitindo que os representantes eleitos do povo determinem a legitimidade do governo”, afirmou em um comunicado.

O Sri Lanka vive há duas semanas uma crise política provocada pela destituição em 26 de outubro do primeiro-ministro Ranil Wickremesinghe e sua substituição pelo ex-homem forte da ilha (2005-2015) Mahinda Rajapakse.

Wickremesinghe denunciou que a sua destituição foi inconstitucional e, portanto, se apega ao poder.

Por não ter uma maioria parlamentar para confirmar seu polêmico candidato ao cargo de primeiro-ministro, o presidente Sirisena decidiu na sexta-feira pela dissolução do Parlamento, suspenso por duas semanas.