Por Elaine Lies e Gabrielle Tétrault-Farber

TÓQUIO (Reuters) – Uma das primeiras coisas que Sunisa Lee fez após colocar a medalha de ouro no pescoço e ouvir o hino nacional dos Estados Unidos em sua vitória no individual geral da ginástica na Olimpíada foi ligar para a família e chorar com eles pela alegria de um sonho realizado.

Seus pais, ambos refugiados de Laos da etnia Hmong, a apoiaram desde os primeiros dias, quando ela era apenas uma criança dando cambalhotas do sofá. Sua ascensão também aumentou as esperanças entre a orgulhosa comunidade de norte-americanos Hmong de que Lee poderia lhes trazer a sua primeira medalha olímpica.

A família de Lee passou por mais do que a maioria na preparação aos Jogos. Dias antes da estreia de Lee no Campeonato Nacional dos EUA, em 2019, seu pai caiu de uma escada e ficou paralisado do peito para baixo.

E ano passado, a Covid-19 levou as vidas da sua tia e do seu tio, que fazia chá de ervas e a massageava quando ela estava cansada. Em seguida, vieram lesões na perna e nos pés que fizeram Lee pensar se deveria abandonar tudo.

“Estávamos todos chorando no telefone. Foi um momento muito surreal e estou muito feliz”, disse Lee, de 18 anos a integrante mais jovem da seleção feminina de ginástica dos EUA.

“Meus pais são as pessoas mais incríveis da minha vida. Eu os amo tanto. Foi tipo ‘conseguimos’ e todos começamos a chorar”, disse.

Como a primeira Hmong-americana a participar da Olimpíada, ainda mais levar duas medalhas, com a prata dos EUA na prova por equipes, Lee falou sobre o orgulho que tem da sua comunidade e do apoio que recebeu a partir de Minnesota.

(Por Elaine Lies)

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