A SulAmerica fez uma proposta não vinculante na terça-feira (31) para adquirir até 100% do capital do Grupo HB Saúde por R$ 485 milhões. O grupo, sediado em São José do Rio Preto (SP), já havia recebido duas ofertas do Hapvida, em julho. A primeira foi de R$ 450 milhões, depois elevada a R$ 472 milhões. A oferta da SulAmérica abre as portas para uma grande disputa. Uma assembleia dos acionistas da HB destinada a avaliar as ofertas, que estava programada para quinta-feira (2), foi cancelada devido ao lance mais recente, e mostra como o processo de consolidação do mercado de saúde está aquecido. O Grupo HB
é formado por uma operadora de saúde, um hospital, oito unidades ambulatoriais, uma clínica infantil, centros clínicos, de diagnóstico e oncológico, além de medicina preventiva. Sua base de clientes chega a 129 mil beneficiários de saúde e 25 mil de plano odontológico, tendo registrado em 2020 uma receita de aproximadamente R$ 300 milhões. Para a Hapvida, a aquisição ajudaria a ampliar a atuação do grupo na região Sudeste. Já para a SulAmérica o negócio é mais um passo na estratégia de verticalização, com aquisições de clínicas e centros de diagnósticos.

PETRÓLEO
Petrobras busca alternativa para a Braskem

A Petrobras estuda trocar uma parte ou a totalidade de sua participação na Braskem pelos ativos da petroquimíca localizados no Sudeste. A possível mudança de estratégia viria em um momento que o setor petroquímico está aquecido, com grandes companhias globais se movimentando para consolidar o setor. No Brasil, o potencial de negócios é de até R$ 40 bilhões, entre os desinvestimentos na Braskem por parte da Petrobras e da Novonor (ex-Odebrecht). Há algumas semanas a Novonor anunciou que avalia fatiar a venda da Braskem, diante do interesse de investidores internacionais. A petroquimíca brasileira atualmente está avaliada em torno de US$ 9,2 bilhões.

PAGAMENTOS
Resultado da Stone decepciona

A Stone decepcionou o mercado na segunda-feira (31) ao anunciar queda de 8,1% na receita, chegando a R$ 613,4 milhões, comparado a igual período de 2020. Os custos dos serviços atingiram R$ 302,4 milhões, representando 49,3% da receita, em relação a 29,8% do segundo trimestre de 2020. Tudo isso, levou a companhia a um prejuízo ajustado de R$ 150,5 milhões, ante um lucro de R$ 150,3 milhões no segundo trimestre de 2020. A empresa diz que o novo sistema de recebíveis teve impacto negativo. O resultado foi uma queda de quase 3% nas ações da empresa na terça-feira (31).

DESTAQUE NO PREGÃO
Nubank entra no e-commerce

Divulgação

O Nubank anunciou na segunda-feira (30) a compra da Spin Pay, por valor não revelado. Assim, a fintech brasileira, avaliada em US$ 30 bilhões, entra no segmento de e-commerce e poderá oferecer uma plataforma de pagamentos ao varejo eletrônico, com opção de incluir o Pix no checkout. Comandado por David Vélez, o Nubank quer ampliar a carteira da Spin Pay, que foi fundada por Alan Chusid, Felipe Park e Marcelo Mingatos, para oferecer aos varejistas uma solução eficiente e barata. Com um quinto das chaves Pix cadastradas no País, o Nubank concentra mais de 30% dessas transações. Esta é a quarta aquisição do Nubank em um ano, que inclui a Easynvest, a americana Cognitect (de engenharia de software), a consultoria Plataformatec e a plataforma de atendimento Juntos.

EDUCAÇÃO
Anima pode comprar CEUB

A Anima Educação negocia a compra do Centro Universitário de Brasília (Ceub), em uma transação de cerca de R$ 800 milhões. Tradicional centro universitário de Brasília, o Ceub tem 14 mil alunos, sendo 750 matriculados em medicina, curso que representa as maiores mensalidades (R$ 8,5 mil em média). Se concluído, o negócio dará à empresa, uma das maiores organizações privadas de ensino superior do País, reforço nesses cursos. Ao adquirir a Laureate Brasil, a Anima passou a ter cerca de 10 mil alunos de medicina, o que a tornou a segunda maior instituição de ensino de ciência médicas do Brasil.