A justiça sueca se pronunciará no início de junho sobre a prisão de Julian Assange e o envio de uma ordem pelo caso de suposto estupro cometido em 2010 na Suécia pelo fundador do site Wikileaks, indicou nesta terça-feira o tribunal de Uppsala.

O tribunal levou em conta a exigência de um processo rápido e o direito do suspeito de preparar sua defesa.

A Promotoria sueca apresentou na segunda-feira uma solicitação formal de detenção para Julian Assange, já detido no Reino Unido, com o objetivo de que um tribunal emita uma ordem de prisão europeia pelo caso de estupro.

O hacker australiano, que permaneceu por sete anos na embaixada do Equador em Londres para evitar uma extradição à Suécia, foi detido em 11 de abril na representação diplomática, depois que as autoridades equatorianas retiraram o apoio.

Um tribunal de Londres condenou Assange no dia 1 de maio a uma pena de 50 semanas de prisão por violar as condições de sua liberdade condicional.

A investigação da justiça da Suécia está relacionada a um suposto caso de abuso sexual ocorrido em 2010 entre Assange e uma sueca que ele conheceu durante uma conferência em Estocolmo.

Assange sempre negou a acusação de estupro.

As autoridades suecas arquivaram a investigação do caso em 2017, depois que a promotora Marianne Ny admitiu que não era possível avançar no trabalho pelo fato de Assange estar na embaixada do Equador, o que impedia o acesso a ele.

A Promotoria decidiu reabrir a investigação em 13 de maio após a detenção do fundador do Wikileaks em Londres.