Queimada e desmatamento. A recorrência desses dois problemas está tão frequente no Brasil que eles perdem aos poucos o significado. Tornam-se palavras vazias incapazes de sensibilizar as pessoas para suas reais consequências. E são muitas.

A perda da biodiversidade é imensurável e tão grave que o Global Risks Report classifica a perda de diversidade de espécies no planeta como um dos cinco principais riscos desta década.

No Brasil, de acordo com estudo publicado pela revista científica Botanic Gardens Conservation International, os 319.199 mil km2 devastados da Mata Atlântica e os 184.591 km2 da Amazônia (de 2004 a 2021) estão levando milhares de espécies ao risco de desaparecer. Entre elas grandes árvores como araucária, cedro-rosa, mogno e pau-brasil. Vale destacar que a derrubada de uma árvore significa menos alimento, menos lugares para aves fazerem ninho e menos abrigo para diversas espécies.

Evandro Rodrigues

(Nota publicada na edição 1286 da Revista Dinheiro)