Rio de Janeiro - O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral é levado preso na operação Lava Jato em viatura da Polícia Federal na sede na Praça Mauá (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Rio de Janeiro – O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral é levado preso na operação Lava Jato (Fernando Frazão/Agência Brasil)

A ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Maria Thereza de Assis Moura negou hoje (27) liminar para anular a transferência do ex-governador Sérgio Cabral para o presídio federal em Campo Grande. O mesmo pedido já havia sido rejeitado pela Justiça do Rio de Janeiro.

A transferência foi determinada na segunda-feira (23) pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal. Cabral está preso desde novembro do ano passado no Rio em função das investigações das Operação Lava Jato no estado.

A ida para o presídio federal foi determinada por Bretas depois que, em depoimento, Cabral demonstrou ter informações sobre a família do juiz. O ex-governador disse saber que a família de Bretas tem negócios com bijuterias e seria a empresa mais importante do ramo no estado.

A declaração foi interpretada pelo juiz e pelo Ministério Público Federal (MPF) como uma tentativa de intimidação e um indício de Cabral estaria recebendo informações indevidas dentro do presídio.

A defesa de Cabral argumenta que os fatos citados no interrogatório são de conhecimento público. Os advogados do ex-governador alegam que sua transferência para outro estado poderia significar ameaça a sua segurança, porque Cabral se empenhou para obter a transferência de vários criminosos de alta periculosidade para presídios federais.