O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu hoje encerrar a fase de depoimentos de testemunhas do processo que apura o escândalo do mensalão, esquema no qual parlamentares supostamente recebiam dinheiro em troca de apoio político ao governo.

O relator da ação, ministro Joaquim Barbosa, informou ao plenário que o réu Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil, forneceu por três vezes endereços incorretos de uma testemunha de defesa e que, por esse motivo, a pessoa não foi encontrada para depor.

Com o fim da fase de depoimentos, o tribunal abrirá prazo para que sejam feitos novos pedidos de diligências. Na fase seguinte, o Ministério Público e os réus poderão apresentar suas alegações finais. Posteriormente, o relator elaborará o seu voto e a ação poderá ser colocada em julgamento.

A sessão de hoje marcou a volta de Joaquim Barbosa ao plenário do STF. O ministro está de licença médica desde 26 de abril por causa de problemas na coluna e no quadril. Mas ele participou dos julgamentos para decidir assuntos urgentes no processo do mensalão e em outros que dependiam de seu voto.

Barbosa foi visto e fotografado no final de semana numa festa e num bar, em Brasília, com amigos. Ele reagiu e disse que foi vítima de invasão de privacidade, embora tenha sido flagrado em local público. Advogados e colegas de Barbosa no STF reclamam que as longas licenças médicas do ministro paralisaram processos.

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