BRASÍLIA (Reuters) – A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou sigilo sobre as investigações de corrupção e tráfico de influência no Ministério da Educação que resultaram na prisão por algumas horas do ex-titular da pasta Milton Ribeiro. Não foi divulgado o motivo da decretação do sigilo.

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O caso ganhou impulso recentemente após a Polícia Federal ter encaminhado as investigações ao Supremo diante de indício de interferência do presidente Jair Bolsonaro nas apurações sobre o ex-titular do MEC.

O Supremo ainda remeteu o caso para a Procuradoria-Geral da República que poderá pedir a abertura do inquérito contra o presidente.

A revelação do eventual envolvimento de Bolsonaro no caso levou a oposição do Senado a obter as assinaturas necessárias para apresentar nesta terça o pedido de criação da CPI do MEC. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ainda não fez a leitura do requerimento de criação da CPI, um dos requisitos para ela efetivamente ser aberta.