O que sua gestora faz?
Investimos em ativos imobiliários nos Estados Unidos. Adquirimos cinco edifícios residenciais que serão reformados e alugados. Nos Estados Unidos, 40% da população mora em imóveis alugados. Nossa proposta é ser uma ponte para o investidor brasileiro acessar o mercado de investimento privado norte-americano.

Como investir?
Qualquer investidor pode comprar cotas de um fundo no Brasil, que traz 100% do dinheiro para investimentos no mercado norte-americano. Assim, abrimos investimentos que antes só eram acessíveis a quem estava no topo da pirâmide.

Quais as características do investimento?
É variado, há opções com mais ou menos liquidez. Com R$ 5 mil já é possível começar a investir em fundos com exposição fora do Brasil. Na private equity é diferente. Os investimentos vão de US$ 100 mil a US$ 200 mil e os prazos são de até 60 meses. É o tempo de comprar o prédio, fazer o retrofit, alugar e começar a receber.

Isso ajudou no crescimento da empresa?
Sim. Hoje, atendemos bancos, multifamilies offices, single family offices, etc, tendo sob gestão US$ 1,6 bilhão, a maior parte investida nos Estados Unidos. Começamos em 2014 com US$ 300 milhões, ou seja, quintuplicamos em seis anos e a meta é chegar até 2025 com US$ 8 bilhões. Para isso, criamos uma área de venture debt no fim de 2021 para quem quer participar do mercado de venture capital, investindo em startups.

O mercado brasileiro está mais maduro?
Com certeza a indústria financeira e os investidores brasileiros evoluíram muito no período de juros baixos, quando era preciso diversificar para ter mais ganhos. As plataformas de investimentos também ajudaram, apresentando novas modalidades. Isso abriu uma nova fronteira para nossos produtos, que são mais complexos. Hoje atendemos investidores latino-americanos em geral por causa da dupla nacionalidade e do conhecimento das duas realidades. Somos indicados por casas que querem oferecer ao cliente algo diferente para construção do portfólio fora do Brasil.

DÓLAR E BOLSA ANIMAM MULTIMERCADOS

A queda de cerca de 15% do dólar e o avanço de 14,5% do Ibovespa neste começo de ano trouxeram lucros para os investidores em fundos multimercados. Além disso, a consolidação de uma trajetória de alta da inflação permitiu aos gestores montar estratégias mais consistentes para ganhar no mercado de juros. O Índice de Hedge Funds da Anbima (IHFA), que acompanha o desempenho dessas carteiras, subiu 6,12% no primeiro trimestre. Foi o melhor desempenho trimestral desde 2015, e veio após uma forte queda em 2020 e estabilidade em 2021.

EM ALTA
1,62% 

Foi a alta do Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) na primeira quadrissemana de abril, segundo dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Com mais esse aumento, o indicador já acumula alta de 11,21% nos últimos 12 meses. Todas as sete capitais pesquisadas registraram acréscimo em suas taxas de variação. Entre o encerramento de março e a primeira semana de abril, o índice avançou de 1,71% em Belo Horizonte, 1,96% em Recife, 1,64% no Rio de Janeiro, 1,5% em Salvador e 1,48% em São Paulo.

EM BAIXA
0,1 ponto 

Foi o recuo do Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) apurado em março pela FGV. Com isso, o índice caiu para 75 pontos, menor nível desde agosto de 2020, quando atingiu 74,8 pontos. Em médias móveis trimestrais, o IAEmp caiu 2,3 pontos, para 75,5 pontos. Segundo a FGV, após cair por quatro meses consecutivos, o IAEmp vem se acomodando. Apesar de se manter em um patamar baixo, o resultado vem sendo influenciado pela evolução favorável no setor de serviços, com a recuperação após a pandemia.