Por Mimosa Spencer

PARIS (Reuters) – Stella McCartney colocou seu público ao ar livre em um pátio do Pompidou Center nesta segunda-feira, enviando uma linha sensual de vestidos fluidos e calças elegantes de cintura baixa, complementadas com bolsas feitas de uma alternativa para o couro.

“Estamos orgulhosos de ser eco-esquisitos e esperamos que você se junte a nós em nossa missão de acabar com as mortes desnecessárias de animais para a moda”, escreveu McCartney em notas do show, detalhando os custos ambientais relacionados ao uso de peles como uso de água, desmatamento da Amazônia e produtos químicos cancerígenos de bronzeamento.

A pressão continua a aumentar nas marcas de moda para a melhora de suas credenciais ambientais, principalmente com as gerações mais jovens, que estão adotando cada vez mais roupas de segunda mão.

Uma modelo de cabelo ruivo flamejante desfilou pela passarela com um suéter marfim pontilhado de furos e levemente desfiado na bainha, estampado com a mensagem “Mude a história”, em letras vermelhas.

Os jeans também tinham bainhas esfarrapadas e remendos de couro vegano para um efeito de rachaduras, mas fora isso a coleção era altamente polida, com vestidos assimétricos de cetim e ternos elegantes em cores vivas.

O público se estendeu além do cenário da moda e incluiu o artista Jeff Koons, o ex-astro do basquete Tony Parker e o ator Jerry Seinfeld, enquanto o pai da estilista, Paul McCartney, estava sentado ao lado do presidente e executivo-chefe da LVMH, Bernard Arnault e seu clã.

Considerada uma pioneira em moda ecológica, McCartney evitou o couro no início de sua carreira, estabelecendo sua marca em 2001 como livre de couro.

Sua marca ingressou na LVMH em 2019, para ajudar a acelerar os esforços do grupo na frente ambiental.

(Reportagem de Mimosa Spencer)

((Tradução Redação São Paulo, +55 11 5047-3075)) REUTERS FC PB

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