O setor de startups de transporte e logística continua a atrair atenção de investidores estrangeiros no Brasil. Depois de Buser, Volanty e Loggi, é a vez da startup paulistana Cobli entrar na lista. Dona de um sistema que usa sensores para rastrear frotas, com uso de Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês), a empresa levantou uma rodada de US$ 10 milhões, liderada pelo fundo americano Fifth Wall Ventures, investidor da Loggi e da empresa de reformas de apartamentos Loft. O aporte também teve a participação do Valor Capital, que já investiu em Gympass e Stone.

Fundada há dois anos e meio pelo matemático americano Parker Treacy, a Cobli tem uma tecnologia que permite a gestores de frotas monitorar os veículos em tempo real. Para isso, a empresa instala sensores e localizadores em caminhões.

Do tamanho de um pendrive, os aparelhos têm informações sobre localização, movimentação e também as condições para rodagem dos veículos, permitindo que as empresas pratiquem manutenção preditiva. “Nossa solução dá espaço para que empresas menores concorram contra os grandes nomes do mercado”, diz Treacy.

Filho de um professor do Massachusetts Institute of Technology (MIT), Treacy frequentou a Universidade de Duke. Ele se aproximou do Brasil depois de atender imigrantes brasileiros em Boston com a First Help Financial, uma financeira de veículos para imigrantes. A partir disso, a curiosidade sobre o mercado nacional cresceu e levou à criação da Cobli.

Na estrada

Com os recursos, a empresa espera ampliar suas ferramentas. A meta é que, no futuro, seja possível enviar dados de temperatura do veículo e vídeos em tempo real, ampliando a precisão do monitoramento. A Cobli deve ainda dobrar de tamanho, abrindo cerca de 100 vagas nos próximos meses, em áreas como software, ciência de dados, engenharia elétrica e parcerias.

A startup também quer ampliar sua área de atendimento, atingindo mais municípios – hoje, está em 100 cidades brasileiras – e olhando o mercado latino. “O setor de logística local é excelente e está se abrindo para o mundo”, afirma.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.