A recente onda da legalização do uso recreativo da maconha no Canadá e em grandes centros dos Estados Unidos é percebida em diversos campos, desde a abertura de novos mercados, criação de empregos e quebra de paradigmas sociais. Por outro lado, também se deve levar em consideração os riscos pelo uso inconsciente da cannabis, como dirigir ou operar máquinas sobre o efeito da maconha.

Atenta a essa necessidade, a Hound Labs, uma startup de Bay Area, na Califórnia, anunciou os resultados positivos do primeiro bafômetro de maconha do mundo. O próximo passo será tornar o aparelho economicamente mais atrativo, com valor estimado em US$ 5 mil, e oferecer o produto para públicos específicos, como forças de segurança e indústrias, publicou o site Mashable.

A Hound Labs afirma que o teste detecta um trilionésimo de grama de THC por litro por até três horas depois do consumo. O estudo foi feito com 20 voluntários, homens e mulheres, usuários assíduos ou não, e cada um levando a sua própria maconha. Apesar do número de pessoas ser considerado baixo para um teste clínico, a médica responsável pelo estudo, Kara Lynch, afirma que os resultados são animadores.

“Nenhum estudo para a avaliação do THC na respiração foi maior até o momento. Estudos futuros serão feitos envolvendo mais participantes e com desenhos experimentais variados”, afirma.

Os resultados e a metodologia também precisam ser analisados por outras entidades antes de atestar a sua eficiência. Uma das maiores críticas ao teste é a negativa da Hound Labs em oferecer mais detalhes do processo, porém, Lynch afirma que tudo será esclarecido quando novos avanços forem conquistados.

A Hound Labs, no entanto, não é a única empresa dedicada ao estudo da detecção do THC: a canadense Cannabix também já anunciou o desenvolvimento de um protótipo semelhante ao bafômetro de maconha.