Nova York, 30 – No momento em que a Starbucks começa a superar dificuldades nos Estados Unidos, a rede de cafeterias enfrenta uma nova preocupação: Howard Schultz, ex-CEO, afirmou estar considerando uma candidatura à presidência do país como Independente (sem se filiar a um partido). Alguns Democratas pedem para a base de clientes da Starbucks, que em geral tende à esquerda, um boicote. O temor da esquerda é que Schultz divida os votos anti-Trump e ajude o atual presidente a se reeleger.

Embora Schultz não comande mais a cadeia, a empresa está inextricavelmente ligada a ele, já que o empresário foi o rosto público e líder por três décadas, de acordo com especialistas em “branding” corporativo.

Uma enquete de 2017 realizada pela Simmons Consumer Research concluiu que era 43% mais provável que pessoas que se descrevem como “liberais” (o que, nos EUA, significa uma inclinação à esquerda) tenham visitado uma loja da Starbucks no último mês do que o cidadão médio. Já conservadores tinham 16% menos chances de ter feito o mesmo. Uma quantidade significativa de lojas da Starbucks está dentro ou perto de grandes cidades, que costumam ter grandes concentrações de eleitores de esquerda.

Um porta-voz da Starbucks afirmou que a companhia já navegou com sucesso em tentativas de grupos de interesse e campanhas de boicote, e que planeja manter seus valores. Schultz não respondeu aos contatos da reportagem.

O atual CEO, Kevin Johnson, pediu que funcionários mantenham o foco nos clientes: “Howard foi para o próximo capítulo de sua vida, em que ele expressou interesse em serviço público, e potencialmente, cargos públicos”, escreveu ele em carta pública na segunda-feira. “Como empresa, nós não nos envolvemos em campanhas políticas nacionais”. Fonte: Dow Jones Newswires.