A Starbucks é a próxima vítima da desaceleração da economia chinesa, afirmou o banco de investimentos Goldman Sachs. Nesta sexta-feira (11), a companhia rebaixou a recomendação da compra de ações da rede de cafeterias para “neutro”, citando “uma série de pontos de cuidados na China.”

O Goldman Sachs também reduziu a expectativa de valor das ações da Starbucks de US$ 75 para US$ 68. As ações da rede norte-americana caíram mais de 2,5% após a divulgação do anuncio, com papéis avaliados em US$ 62,51.

Os analistas acreditam que a rede de cafés está indo para o mesmo caminho da Apple. As ações da produtora do iPhone desvalorizaram quase 10% nas últimas semanas após a divulgação da retração na expectativa de vendas para o primeiro trimestre de 2019. A norte-americana apontou a redução do consumo chinês, o maior mercado de tecnologia do mundo, como razão da revisão para baixo dos números.

“O anúncio recente da AAPL [Apple] citou preocupações comerciais / macro, e a MCD [McDonald’s] reconheceu tendências mais brandas na região em um evento no final de novembro”, escreveu a analista Karen Holthouse em uma nota para clientes. “A equipe macroeconômica da GS também espera uma desaceleração contínua no PIB, pelo menos parcialmente impulsionada pelo consumo.”

A Starbucks tem aproximadamente 3,6 mil lojas na China, e espera dobrar esse número nos próximos quatro anos. A empreitada pode ser dificultada pela rede local Luckin Coffee, uma startup que surgiu há apenas um ano e já abriu mais de 600 lojas no país com produtos mais baratos que a rival. Em comparação, a Starbucks precisou de uma década para atingir o mesmo número de pontos.