Desde que o cientista chinês He Jiankui admitiu, em novembro de 2018, que duas gêmeas nasceram com DNA alterado para resistir ao vírus da HIV, graças a um experimento seu, diversos membros da comunidade científica de Stanford afirmaram que trocaram informações com o cientista sobre a possibilidade de modificar geneticamente embriões e implantá-los nas meninas.

Agora, a universidade analisa o envolvimento de seus membros com o polêmico experimento, que resultou na expulsão de Jiankui  da Universidade de Ciência e Tecnologia do Sul da China, onde trabalhava e realizava pesquisas. Ele usou a tecnologia CRISPR (do inglês Clustered Regularly Interspaced Short Palindromic Repeats) para conseguir mudar a sequência de DNA dos embriões, levantando questões éticas sobre o uso deste tipo de tecnologia.

A ligação de He com Stanford vem de seu pós-doutorado, realizado na faculdade sob orientação de Stephen Quake, com quem manteve contato recente. O cientista também manteve conversas com o professor de bio-ética William Hurlbut e o pesquisador Matthew Porteus, os quais desencorajaram o cientista chinês a continuar seu experimento.

Além das gêmeas já nascidas, há uma gravidez em andamento fruto dos experimento de He Jiankui.