O Instituto Gamaleya, desenvolvedor da vacina Sputnik V contra a covid-19, anunciou nesta terça-feira (15) a conclusão dos estudos sobre a eficácia da vacina contra a nova variante indiana do vírus, denominada Delta. Segundo o laboratório, a vacina russa revelou ser a mais eficaz até agora no combate à variante.

“O Sputnik V é mais eficaz contra a variante Delta do coronavírus, detectada pela primeira vez na Índia do que qualquer outra vacina que publicou resultados sobre esta cepa até agora”.

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A variante Delta da SARS-CoV-2, que foi identificado na Índia pela primeira vez e já está presente em mais de 80 países, preocupa a Organização Mundial de Saúde (OMS) e, especialmente, países como o Reino Unido.

Cientistas britânicos já haviam relatado que a variante Delta do coronavírus “é 60% mais transmissível do que a variante Alfa, que antes era dominante no Reino Unido”.

De acordo com o diretor europeu da OMS, Hans Kluge, a variante Delta “mostra maior transmissibilidade e alguma fuga imunológica estará pronta para se instalar na região, enquanto muitas das populações vulneráveis, acima de 60 anos, permanecem desprotegidas”.

Enquanto a Argentina já fabrica doses da vacina russa, o Brasil aprovou há pouco a importação emergencial da Sputnik V, mas em caráter temporário e limitado. Após o rechaço da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ao imunizante desenvolvido pelo Instituto Gamaleya em abril, a agência brasileira autorizou a aplicação para até 1% da população, especialmente no Nordeste.

A importação foi solicitada pelos estados da Bahia, Maranhão, Sergipe, Ceará, Pernambuco e Piauí.