Hábito comum de quem assina serviços de streaming é o compartilhamento da conta entre mais de uma pessoa. O Netflix prevê isso e garante a criação de diferente usuários. Já o Spotify tem o plano família, que segundo a empresa é feito para  “você e até cinco pessoas que morem no mesmo endereço que o seu”.

O problema é que para além da definição restrita das pessoas que podem compartilhar a conta – muitas vezes famílias moram em tetos diferentes – ela nem sempre é dividida entre membros da família. Assim como no caso da Netflix, são amigos que dividem o plano, e isso é visto pelo Spotify como um problema.

Para controle da questão, o serviço inicialmente exigia que potenciais familiares que queiram entrar no plano coloquem o mesmo CEP do titular da conta. O método se mostrou ineficiente, e agora o Spotify trouxe um método mais incisivo. Via email, ele pede o compartilhamento da localização via GPS para quem faz parte do plano família, a fim de garantir que o usuário viva sob o mesmo teto que o titular.

A medida provocou reação negativa nas redes sociais, tanto pelo conceito restrito de família quanto pelo fato de que você pode compartilhar uma localização que não é necessariamente a que você mora. Por enquanto a medida foi adotada apenas na Alemanha e Estados Unidos.

Segundo a Bilboard, metade dos usuários de aplicativos de streaming de música usam planos familiares para baratear o serviço. Porém segundo os balanços do Spotify, o hábito está afetando os rendimentos da empresa, cuja renda por usuário caiu em 12% no segundo trimestre de 2018.