A SpaceX lançou seu foguete Falcon 9 nesta segunda-feira (3), enviando uma carga incomum ao espaço – 64 satélites ao mesmo tempo, um recorde dos EUA.

A empresa chefiada pelo bilionário americano Elon Musk registrou mais um marco em sua tentativa de tornar os foguetes mais reutilizáveis, como os aviões: o lançamento usou um propulsor reciclado pela terceira vez.

A SpaceX, sediada na Califórnia, pousou mais de 30 desses propulsores na Terra e começou a reutilizá-los em missões subsequentes.

No passado, as empresas normalmente deixavam que partes de foguetes que custavam milhões de dólares caíssem como sucata no oceano.

O pouso desta segunda-feira do primeiro estágio foi impecável, como muitos antes dele.

Minutos após o lançamento, a parte alta e branca do foguete – conhecida formalmente como o primeiro estágio – se separou do segundo estágio.

O propulsor então disparou seus motores e fez um pouso controlado e vertical em uma plataforma no Oceano Pacífico, segundo um vídeo ao vivo da SpaceX.

Enquanto isso, o segundo estágio avançou mais fundo no espaço, carregando 15 microssatélites e 49 CubeSats pertencentes a 34 clientes diferentes, incluindo fontes públicas, privadas e universitárias de 17 países diferentes, entre eles Coreia do Sul, França e Cazaquistão.

O lançamento foi organizado pela coordenadora de lançamentos Spaceflight, especializada em colocar vários satélites no mesmo foguete.

Os satélites serão colocados em órbita nas próximas horas.

Nem todos os clientes têm missões científicas. O Museu de Arte de Nevada enviou uma escultura chamada “Orbital Reflector” do artista Trevor Paglen.

A escultura inflável e refletiva foi projetada para ejetar de seu satélite e orbitar a Terra “por várias semanas antes de se desintegrar ao reentrar na atmosfera” do planeta, disse o museu.