Nesta quarta-feira, 20, a SpaceX lançou 60 satélites Starlink para orbitar do Complexo de Lançamento 39A (LC-39A) no Centro Espacial Kennedy, completando a décima sétima missão Starlink. O foguete de propulsão do primeiro estágio do Falcon 9 já foi utilizado em outras sete missões. Metade da carenagem do Falcon 9 também foi usava em missões anteriores.

O lançamento estava planejado para acontecer na segunda-feira,18, mas acabou adiado em função de más condições climáticas. Apesar do atraso, o foguete completou sua missão: o lançamento ocorreu na plataforma Pad 39A, no Kennedy Space Center, e, cerca de 9 minutos depois, o primeiro estágio do Falcon 9 já estava de volta para um pouso suave na embarcação com o nome “engraçadinho” Just Read the Instructions (“Apenas Leia as Instruções”, em tradução literal), no Oceano Atlântico.

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Essa é uma das embarcações que compõem a frota de veículos de recuperação da SpaceX, que recuperam os propulsores e os levam de volta para o porto.

O conjunto de satélites levados é parte de um grande e ambicioso projeto: a SpaceX pretende fazer com que qualquer pessoa, em qualquer lugar do planeta (incluindo áreas remotas e de difícil acesso), tenha acesso à internet banda larga de alta velocidade e baixa latência. A ideia é que essa megaconstelação seja composta por pelo menos 30 mil satélites posicionados na órbita baixa da Terra, que irão fornecer rede para os usuários por meio de um pequeno terminal. Por enquanto, a rede ainda está em fase de testes beta, mas já há relatos de quem usou e gostou da alta velocidade de conexão no Reino Unido — país que começou a receber a novidade recentemente, depois de algumas partes dos Estados Unidos e do Canadá.

Apesar de ser um projeto com um benefício e tanto como objetivo, os satélites vêm preocupando astrônomos por interferirem em estudos espaciais. Por serem bastante brilhantes, eles atrapalham diversas observações astronômicas, deixando rastros nas imagens. A SpaceX já vem trabalhando em soluções para escurecê-los, e a mais recente buscou diminuir a luz refletida com a aplicação de visores nos satélites, além de um revestimento escuro aplicado anteriormente. Apesar de agora brilharem bem menos, ficando invisíveis a olho nu, eles continuam aparecendo em observações de telescópios — ou seja, o problema ainda não foi completamente resolvido, ainda que a empresa pareça empenhada para tal.