As adaptações do mundo corporativo ao home office e, principalmente, a crise financeira, serão o foco da devolução dos escritórios comerciais de alto padrão em São Paulo no segundo semestre. A projeção é do presidente da consultoria imobiliária JLL, Fábio Maceira.

Em entrevista ao jornal Valor Econômico, Maceira indicou que empresas mais otimistas têm expectativa de volta da receita ao nível registrado no quarto trimestre de 2019, mas a maioria do mercado indica que terá uma retomada apenas no próximo ano.

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Empresas que fecharam contratos de aluguel em áreas de grande porte, que variam entre 40 mil metros e 50 mil metros, tendem a devolver espaços não utilizados. A maior parte das locatárias, no entanto, ocupa áreas entre mil metros quadrados e 2 mil metros quadrados, com custos entre R$ 3 mil e R$ 4 mil por metro quadrado.

Há pouco mais de duas semanas, os escritórios foram autorizados pela Prefeitura de São Paulo a retomarem suas atividades, respeitando limite de funcionamento de quatro horas. Segundo Maceira, poucas empresas voltaram a ocupar as áreas alugadas.

Cinquenta e quatro por centro das empresas locatárias de prédios comerciais administrados pela JLL que responderam a uma pesquisa recente feita pela consultoria não tinham nem previsão de retorno.