A S&P reafirmou o rating BB- da Petrobras, com perspectiva estável. A agência diz em comunicado que a perspectiva incorpora o fato de que a alavancagem da companhia deve atingir um pico neste ano, mas seus fluxos de caixa e métricas de crédito devem ter uma retomada “considerável” em 2021.

A agência aponta que a petroleira brasileira deve registrar fluxo de caixa “muito mais fraco” neste ano do que no anterior, diante da queda acentuada no preço do petróleo e na demanda.

Mas a agência ainda vê certos colchões em termos de métricas de crédito, esperando que a relação entre a dívida e o Ebitda se aproxime de 4,0 vezes em 2021, “considerando uma melhora substancial nos preços do petróleo e nas condições econômicas”.

A agência diz que a receita da empresa deve ser entre 30% e 40% menor do que a de 2019, com queda em faixa similar do Ebitda, já que a Petrobras realiza várias medidas para cortar custos e preservar os fluxos de caixa.

Nos próximos anos, a empresa deve se concentrar em cortar mais custos e reforçar a eficiência, bem como na venda de ativos, o que deve permitir uma redução na alavancagem, diz a S&P, que também projeta melhora do preço do petróleo mais adiante.