SÃO PAULO (Reuters) – O governo do Estado de São Paulo anunciou nesta quarta-feira a prorrogação até o dia 30 de junho das restrições atualmente em vigor para conter a pandemia de Covid-19, e o governador João Doria disse que a decisão foi tomada “devido ao aumento dos índices da pandemia, sobretudo em algumas áreas localizadas aqui dentro do Estado de São Paulo”.

“Uma medida de cautela, de proteção, para proteger a vida das pessoas e termos a certeza de que estamos evoluindo de forma segura ao longo das próximas semanas”, explicou Doria em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.

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Pelas regras atuais, que inicialmente valeriam até o início deste mês, mas foram posteriormente prorrogadas até o dia 14 até a nova ampliação de prazo desta quarta, restaurantes, salões de beleza e de barbearia, atividades culturais, academias e o comércio –incluindo shopping centers– podem funcionar das 6h às 21h com 40% da ocupação.

Também presente na coletiva, o coordenador-executivo do Centro de Contingência que assessora o governo do Estado no combate à pandemia, João Gabbardo, disse que o momento atual da pandemia é visto com preocupação pelas autoridades de saúde.

“Por isso (o Centro de Contingência) recomendou a manutenção dessa fase de transição por mais duas semanas”, disse Gabbardo.

Ele acrescentou que os especialistas do Centro de Contingência sugeriram ao governo estadual a redução do horário de funcionamento de estabelecimentos em algumas regiões do Estado e que a sugestão será levada aos municípios que estão com ocupação dos leitos de UTI superior a 90% para que avaliem medidas mais restritivas.

De acordo com dados da Secretaria de Saúde do Estado, São Paulo registrou 3.382.448 casos de Covid-19, com 115.960 mortes. A ocupação de leitos de unidades de terapia intensiva no Estado está em 82,1%.