A S&P Global Ratings afirma que o endividamento do Brasil deve continuar a crescer entre 2020 e 2022, apesar de déficits fiscais menores. A agência projeta que a dívida geral do governo, descontando-se ativos líquidos, alcance 61% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019, de 57% em 2018. A aceleração nas transferências dos bancos públicos para o Tesouro, porém, poderiam melhorar essa relação, aponta a agência em comunicado.

A agência diz que os governos estaduais e municipais enfrentam desafios orçamentários similares aos do federal, o que reduz a capacidade de gastos com infraestrutura e serviços básicos. A S&P prevê alguns avanços em reformas previdenciárias em administrações locais em 2020, mas pondera que esse progresso deve ser atrapalhado por considerações políticas, em ano de eleições municipais.

O Brasil ainda recebe um “fluxo forte de investimento estrangeiro”, de cerca de 4% de seu PIB, nota a S&P em seu comunicado, no qual reafirmou o rating BB- do País, mas alterou a perspectiva de estável para positiva.