Travada às vésperas do lançamento em meio a desentendimentos entre as gestões Márcio França (PSB), no governo do Estado, e Bruno Covas (PSDB), na Prefeitura, a concessão do Parque do Ibirapuera, na zona sul de São Paulo, deve ser liberada ainda em janeiro. O mesmo deve ocorrer com o processo do Estádio do Pacaembu, na zona oeste da capital, segundo prometeu nesta segunda-feira, 29, o governador eleito, João Doria (PSDB).

Doria disse que as liberações são “simples” e dependem apenas “de um decreto” para serem tocadas adiante. “Serão destravadas por mim. Vamos fazer o que deve ser feito e o que estava combinado com o governador (Geraldo) Alckmin”, afirmou.

Ambas as concessões, planejadas pela Prefeitura, emperram por causa da propriedade dos terrenos dos dois equipamentos públicos. No caso do Ibirapuera, parte do estacionamento fica em um terreno do Estado. Seria uma das principais fontes de renda do concessionário que explorasse comercialmente o parque, com arrecadação prevista de R$ 5 milhões por mês. Sem essa área, a Prefeitura anunciou uma redução do projeto, diminuindo as contrapartidas cobradas do futuro parceiro, especialmente a redução de cinco para um parque que a empresa teria de manter.

Já no Pacaembu todo o terreno é do Estado, embora o complexo esportivo tenha sido construído pela Prefeitura, nas décadas de 1930 e 1940. A concessão já vinha sendo questionada pelo Tribunal de Contas do Município (TCM) e pela Justiça. Com a decisão da gestão França de não liberar a área, o processo ficou paralisado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.