SÃO PAULO (Reuters) – O governo de São Paulo fechou a compra de 4 milhões de doses prontas da vacina contra Covid-19 CoronaVac junto ao laboratório chinês Sinovac e esses imunizantes serão usados exclusivamente no Estado, disse nesta quarta-feira o governador João Doria (PSDB).

Doria afirmou que a primeira leva deste montante, de 2,7 milhões de doses chegam a São Paulo ainda nesta quarta e o restante tem chegada previsto para até 26 de julho. Ele garantiu que essa compra não interfere no contrato do Instituto Butantan para venda de 100 milhões de doses da CoronaVac ao Ministério da Saúde, que o governador disse que será concluído até o fim de agosto.

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“Com isso vamos antecipar o calendário de vacinação no Estado de São Paulo sem interferir no contrato do Instituto Butantan com o Brasil, uma vez que as vacinas compradas diretamente pelo Estado de São Paulo já vem prontas para aplicação”, disse Doria em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.

Também presente na coletiva, o presidente do Butantan, Dimas Covas, disse que a partir do dia 14 deste mês, mais 10 milhões de doses da CoronaVac serão entregues ao ministério, chegando a 63 milhões de doses da vacina entregues à pasta.

No dia 13, disse ele, o Butantan receberá 12 mil litros do insumo farmacêutico ativo (IFA) da vacina, suficientes para 20 milhões de doses, e, ainda em julho, um novo carregamento também de 12 mil litros de IFA.

“Com esse quantitativo vamos até ultrapassar os 100 milhões de doses previstos. Vamos ter uma sobra de vacinas que poderão ser encaminhadas ao Estado de São Paulo e a outros Estados que tenham interesse”, disse Covas.

O presidente do Butantan disse que o instituto tem ainda mais 60 milhões de doses contratadas com a Sinovac para envase no instituto, sendo 30 milhões para o Estado de São Paulo e 30 milhões para serem comercializadas com países vizinhos.