O empresário Antonio Dias, herdeiro e presidente do grupo Royal Palm Hotels & Resorts, acaba de estabelecer uma meta pouco modesta para seus negócios: se tornar o maior operador hoteleiro do País nos próximos dez anos. Se for alcançada, a missão representará a realização do sonho de seu pai, o fundador Armindo Dias, morto em maio do ano passado aos 86 anos. A estratégia será, basicamente, diversificar. “O plano é aprimorar nossas operações atuais, especialmente em lazer, mas fortalecer os negócios nos segmentos corporativos e de convenções”, afirma Dias. Há duas semanas, o grupo abriu também o Hotel Contemporâneo, sua primeira unidade econômica em Campinas, no interior paulista, considerada “a peça que faltava na engrenagem do crescimento”. Classificado como chic & basic, ele faz parte de um plano de investimentos que consumiu R$ 500 milhões entre 2015 e 2018. O Contemporâneo foi construído com a participação de 230 investidores, que pagaram entre R$ 400 mil e R$ 500 mil para serem donos de quartos.

Ao lado do hotel será construído um mall e três torres de escritórios, com recursos de investidores da cidade. “Com várias frentes de negócios, temos capacidade de absorver as oscilações de ocupação sem canibalizar nenhuma de nossas operações. Quando os resorts estiverem com menos hóspedes, podemos suavizar a retração da demanda ampliando o número de eventos corporativos, congressos ou hospedagem de negócios”, explica. Para 2019, Dias espera um faturamento de R$ 200 milhões, bem acima dos R$ 140 milhões contabilizados no ano passado. A meta para 2021 é superar R$ 300 milhões, com a abertura de novas unidades de lazer e eventos, a começar pelo litoral paulista. “Estamos determinados a nos tornar o maior operador hoteleiro do País, ter a marca de hotel mais admirada e ser referência em serviços e inovação em hotelaria.”

(Nota publicada na Edição 1111 da Revista Dinheiro, com colaboração de: Carlos Eduardo Valim e Felipe Mendes)