A China conseguiu pousar com sucesso seu robô “Zhurong”, que será controlado remotamente, na superfície de Marte nesta sexta-feira (14), um evento sem precedentes para o país asiático, informou o canal público de televisão CCTV.

O pouso no planeta vermelho é particularmente difícil e muitas missões europeias, soviéticas e americanas falharam no passado.

A China já havia tentado enviar uma sonda a Marte em 2011, em uma missão conjunta com a Rússia, mas a tentativa falhou e Pequim decidiu seguir a aventura sozinha.

Os chineses lançaram sua missão não tripulada “Tianwen-1” da Terra no final de julho de 2020, em homenagem à sonda enviada ao espaço. Ela é composta por três elementos: uma sonda orbital (que gira em torno do astro), uma sonda (que pousou em Marte) e o robô teleguiado “Zhurong” a bordo.

“A sonda Tianwen-1 pousou com sucesso na área predefinida” em Marte com o robô “Zhurong”, informou a CCTV, especificando que um “sinal” foi recebido na Terra.

O pouso ocorreu em uma área do planeta vermelho chamada “Utopia Planitia”, uma vasta planície localizada no hemisfério norte de Marte.

Esta é a primeira tentativa independente e ambiciosa para os chineses, que esperam fazer tudo que os americanos fizeram em várias missões marcianas desde os anos 1960.

Em fevereiro, a China conseguiu colocar a sonda “Tianwen-1” na órbita marciana e tirar fotos do planeta vermelho.

Neste sábado, conseguiu pousar o módulo de pouso em Marte, o que permitirá a saída do robô teleguiado “Zhurong”.

A realização dessas três operações em uma primeira missão a Marte é inédito.

Pesando mais de 200 kg, “Zhurong” está equipado com quatro painéis solares para o fornecimento de energia elétrica e pretende estar operacional por três meses.

Também está equipado com câmeras, um radar e um laser que lhe permitirá estudar o ambiente e analisar a composição das rochas marcianas.

O nome “Zhurong” foi escolhido após uma pesquisa online e refere-se ao Deus do Fogo na mitologia chinesa. Um simbolismo justificado pelo nome chinês de Marte: “huoxing”, literalmente, “o planeta do fogo”.