Por Mark Weinraub

CHICAGO (Reuters) – Os contratos futuros da soja nos Estados Unidos caíam pela terceira sessão consecutiva nesta segunda-feira, despencando para a mínima em nove meses e meio, sob a pressão contínua de um relatório do governo que mostrou que as ofertas norte-americanas eram maiores do que o esperado.

O trigo atingiu sua máxima desde meados de agosto com as compras técnicas. Os futuros de milho chegaram a subir mais cedo apoiados por sinais de boa demanda de exportação.

As preocupações com a demanda chinesa aumentaram a pressão no mercado de soja depois que a representante comercial dos EUA, Katherine Tai, prometeu que pressionará Pequim por não cumprir as promessas feitas no acordo comercial do ex-presidente americano Donald Trump.

“Há problemas potenciais com a China, e a representante comercial apontou que eles estão em desacordo com a Fase 1 do compromisso comercial”, disse Jim Gerlach, presidente da corretora A/C Trading. “Claramente, eles estão atrasados em suas compras.”

Na Bolsa de Chicago, às 14:35 (horário de Brasília), os futuros da soja recuavam 9,50 centavos de dólar, a 12,37 dólares o bushel. Em uma base contínua, o contrato mais ativo atingiu uma mínima de 12,35 dólares, o menor valor desde 21 de dezembro.

“A soja continuou a ser pressionada pelas estimativas do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês) de maiores estoques de soja nos EUA na semana passada, após um longo período em que a percepção geral era de oferta restrita nos EUA”, disse Matt Ammermann, gerente de risco de commodities da StoneX.

O trigo soft vermelho de inverno para entrega em dezembro avançava 1 centavo de dólar, em 7,5625 dólares o bushel no mesmo horário, a caminho da sua quarta sessão seguida de ganhos.

No mesmo horário, os futuros do milho caíam 1,25 centavo a 5,4025 dólares o bushel, após ganhos anteriores.

(Reportagem adicional de Michael Hogan em Hamburgo e Naveen Thukral em Cingapura)

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