O balanço de vítimas do tufão Lekima pelo leste da China subiu para 49 mortos e 21 desaparecidos nesta terça-feira, três dias após a passagem da tormenta pela costa leste do país.

O tufão, o mais violento da atual temporada, segue avançando em direção ao norte, segundo a agência Nova China.

Ondas de vários metros de altura atingiram a costa da província de Zhejiang, sul de Xangai, na madrugada de sábado, em meio a ventos de até 187 km/h.

Apenas um deslizamento de terra provocou a morte de 18 pessoas na ampla comunidade de Wenzhou, relatou a agência de notícias.

A emissora CCTV mostrou imagens dos socorristas navegando de barco na cidade de Linhai, cujas ruas se encontram completamente cobertas de lama. A CCTV divulgou ainda imagens de torrentes de lama que desciam de uma montanha, uma estrada destruída, árvores desenraizadas e veículos atolados.

Outros veículos de comunicação locais também exibiram as equipes de salvamento resgatando pessoas em botes infláveis.

O céu começava a clarear, à medida que a tormenta se deslocava ao longo da costa.

Na província de Zhejiang, cerca de 300 voos foram anulados, e os serviços de ferry e de trem, suspensos por precaução. Pelo menos um milhão de pessoas foram evacuadas antes da chegada do tufão, informou a agência Nova China. Mais de 110 mil foram realocadas em abrigos temporários.

Lekima deve atingir a região de Xangai com ventos levemente menos fortes, deixando de ser um “supertufão” para virar um “tufão”.

As autoridades retiraram cerca de 300 mil pessoas da área metropolitana de Xangai, a capital econômica do país.

As viagens de trem de levitação magnética que ligam a cidade a um dos seus aeroportos foram suspensas. A Disneylândia de Xangai também fechou suas portas. Foi a primeira vez desde a abertura deste parque de diversões em 2016.

O tufão já havia afetado Taiwan na sexta-feira, quando deixou nove feridos e milhares de casas sem eletricidade.

Em setembro do ano passado, o tufão Mangkhut levou à evacuação de dois milhões de pessoas, à destruição significativa em Hong Kong e a Macau, assim como à morte de 59 pessoas nas Filipinas.