O terremoto que abalou o sudoeste da China no início da semana deixou ao menos 86 mortos, segundo um balanço divulgado nesta quinta-feira (08). As chuvas e o risco de deslizamento de terra complicam o trabalho do resgate.

O terremoto de magnitude 6,6 atingiu o condado rural de Luding, na província montanhosa de Sichuan.

O último balanço anunciado na tarde desta quinta-feira pelo canal estatal CCTV detalha a morte de 50 pessoas no município autônomo tibetano de Ganzi, onde o epicentro estava localizado, e 36 na cidade vizinha de Ya’an.

Os serviços meteorológicos também emitiram na quarta-feira (07) um alerta devido as chuvas na área. “Essas precipitações podem causar deslizamento de terra e lama”, notificaram através do alerta.

Mais de dez mil militares, paramilitares e bombeiros participam das operações de ajuda e na prevenção de possíveis deslizamentos de lama.

Para evacuar as vítimas, os socorristas tiveram que ser erguidos com cordas e macas, para atravessar os rios na zona montanhosa.

“As pedras submersas que não podem ser vistas são a maior ameaça”, explica o membro da equipe de resgate Tan Ke à CCTV. “Temos água até as coxas”, ele acrescenta.

Mais de 22 mil pessoas foram evacuadas e abrigadas em 124 alojamentos temporários, de acordo com o Diário do Povo.

De outro lado, aproximadamente 1.800 escolas da região funcionaram normalmente na quarta-feira.

Na segunda-feira (05), mais de 21 mil estudantes e funcionários do condado de Shimian tiveram que ser evacuados no momento do terremoto.

Centenas de quilômetros de cabos ópticos e elétricos foram danificados pelo abalo sísmico. No entanto, as comunicações nas áreas afetadas estavam “praticamente restauradas” na quarta-feira, informou o China Youth Daily.