Enquanto um acelera, o outro breca. Nos últimos dias o Twiiter, de Elon Musk (se a aquisição se confirmar após as burocracias), e a Meta, de Mark Zuckerberg, deixaram transparecer o que vão ser os próximos anos para eles. O novo dono do primeiro, imbuído de verve e entusiasmo para mudar o microblog, estaria com planos de contratar 3,6 mil novos colaboradores e se desfazer de alguns antigos — vários já demonstraram insatisfação ideológica com o novo CEO.

O plano de Musk inclui a criação de um novo produto secreto designado X e o desejo de quadruplicar a base de usuários do Twitter, que atualmente é de 229 milhões. Isso seria algo em torno de 931 milhões até 2028, sendo 104 milhões no tal X. E chegar a uma receita, até o mesmo ano, de US$ 26,4 bilhões, um crescimento de US$ 5 bilhões comparado a 2021. A letra do alfabeto deve ter provocado um arrepio na coluna de Zuckerberg, cuja Meta lidera com folga o market share de usuários.

Comunicados dentro da empresa apontam um congelamento nas contratações, algo considerado pouco usual na história de Zuckerberg. As razões listadas para isso não apontam o adversário e sim fatores como a guerra na Ucrânia, mudanças na privacidade de dados e uma queda no setor. Vale dizer que a Meta junta Facebook, Instagram, WhatsApp e outros negócios.

Fabio X

(Nota publicada na edição 1273 da Revista Dinheiro)