Em meio às mais de 300 páginas do último relatório econômico do Banco Mundial (Bird), que classifica o Brasil como um dos lugares mais burocráticos e caros do mundo para fazer negócios, é possível encontrar um isolado elogio. O estudo cita a Serasa, companhia privada de informação e análise de crédito, como uma ?ilha de excelência?. ?Ela funciona bem. Utiliza processos modernos e ágeis de controle de empréstimos?, explica Simeon Djankov, economista do Bird. A empresa foi considerada a melhor do gênero na América Latina e está entre as mais eficientes do mundo. Para atingir esse patamar de qualidade internacional, a Serasa não economizou. Em 2003, investiu R$ 59 milhões em sua modernização. O valor representa cerca de 20% do seu faturamento e supera o lucro, de R$ 54 milhões, obtido no ano passado.

?Pesquisamos o que existe de melhor pelo mundo afora?, afirma Elcio Anibal de Lucca, presidente da Serasa. Apesar de ser famosa no comércio varejista ? praticamente todas as lojas consultam o cadastro da Serasa para saber se o consumidor tem restrições como cheque sem fundos ?, foi a tecnologia para a análise de risco dos empréstimos concedidos às empresas que lhe rendeu a menção honrosa no relatório internacional. Com seus novos sistemas, a Serasa faz uma análise histórica da situação financeira das companhias. ?Cruzamos várias informações dos nossos bancos de dados. Não consideramos apenas um título protestado como fator de risco?, ressalva Lucca.