Ao velho estilo “se não pode vencê-lo, junte-se a ele”, a Sky vai mergulhar, enfim, no concorrido mercado de streaming. A empresa, que lidera o setor no País com 30% de marketshare e 5 milhões de clientes, se uniu à Directv Go, comandada na América Latina pelo executivo Gustavo Fonseca, para criar um hub de conteúdo on demand e fazer frente ao avanço de gigantes como Netflix, Amazon Prime Vídeo, Disney+ e outras mais de 60 opções de streaming no mercado atualmente. Ambas as empresas são controladas pela americana AT&T, conglomerado com faturamento de US$ 43,9 bilhões no ano passado.

De forma gradual, até o fim de novembro, os clientes da Sky vão migrar para a nova plataforma. A novidade estará disponível para quem não é cliente, por uma assinatura de R$ 69,90, com dois anos grátis do HBO Max, mensalidade mais cara do que o plano premium da Netflix, por R$ 55,90, e muito acima dos R$ 9,90 da Amazon. “Com mais de 100 canais, teremos um hub de conteúdo muito poderoso, com uma proposta de valor robusta e foco na experiência do cliente”,disse Raphael Denadai Sanchez, presidente da Sky. Para o executivo, não há mais disputa entre TV paga e streaming, já que os dois se tornaram complementares.

“Estamos em 100% dos municípios brasileiros e, agora, poderemos oferecer uma incrível plataforma de diversão. Esse é um caminho muito natural”, afirmou. A decisão, além de estratégica, é fundamental para a longevidade da companhia em um mercado que consome conteúdo por diferentes fontes. Desde 2014, a Sky perdeu cerca de 300 mil clientes em sua base, número que, agora, poderá ser recuperado.