Com uma lei aprovada em 2018 e outro complemento mais recente, de julho de 2021, que alterou regras de tributação e distribuição da arrecadação de apostas no esporte, o setor de palpites online e físico ainda aguarda regulamentação. São mais de 500 sites especializados em apostas no Brasil, todas elas com sede fora do País, e que podem movimentar até R$ 10 bilhões por ano, segundo uma previsão da FGV, feita em 2018.

Uma outra projeção, feita pelo site NetBet, em artigo ao Money Times, indica que só o governo levaria mais de R$ 7 bilhões/ano, sendo que o potencial de arrecadação do setor seria de R$ 74 bilhões brutos e geraria cerca de R$ 22,2 bilhões em receitas tributárias.

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Como estão sediadas fora do Brasil, as casas de apostas online recebem palpites de todo o tipo, inclusive de jogos que são proibidos no Brasil, como cassinos, bingo e caça-níqueis. Com a regulamentação, o setor espera que o tipo de apostas mude também, valendo regras permitidas em solo brasileiro.

O NetBet, sediado em Malta, é um dos que atuam no segmento de apostas e aponta que um contrato simples de marketing com canais de TV a cabo pode variar de R$ 58 mil a R$ 88 milhões.

E não são somente os canais que já lucram com os comerciais, uma vez que 17 dos 20 clubes da Série A do Campeonato Brasileiro recebem patrocínio direto de alguns sites. Palmeiras, Santos, Bahia, Atlético-MG, Fluminense, Grêmio, Internacional, Corinthians, Flamengo, São Paulo e outros são patrocinados por sites como Galera.bet, Casa de Apostas, Betmotion, NetBet, Sportsbet.io, etc.

O imposto que será coletado pelo governo já tem destinação carimbada: Fundo Nacional da Cultura, Fundo Penitenciário Nacional, Fundo Nacional da Segurança Pública, Comitê Olímpico Brasileiro, Comitê Paralímpico Brasileiro, Ministério do Esporte, Comitê Brasileiro de Clubes, Confederação Brasileira do Desporto Escolar, Confederação Brasileira do Desporto Universitário, Ministério do Esporte.