O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) enviou nesta quarta-feira, 23, ao Congresso um ofício cobrando a aprovação imediata da reforma da Previdência. Em nota, o Sinduscon-SP avalia que o adiamento da reforma trava a produção, aumenta o desemprego e rebaixa ainda mais a nota de crédito do País, inibindo a retomada do desenvolvimento econômico e social.

O ofício recebeu o apoio de 24 entidades nacionais, como a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), o Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), entre outros.

A cobrança do Sinduscon-SP é feita um dia depois de a instituição revisar a perspectiva para o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) da construção civil em 2017, que passou de uma alta de 0,5% para uma queda de 3,5%.

Com essa frustração nas expectativas de retomada, o setor caminha para o quarto ano consecutivo de queda no nível de atividade econômica. O PIB do setor encolheu 5,2% em 2016, 6,5% em 2015 e 2,1% em 2014.

Segundo avaliação do Sinduscon-SP, feita em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), a mudança nas projeções para o PIB da construção está relacionada à continuidade da crise econômica nacional e à escassez de investimentos em programas públicos.

Esses fatores mantiveram estagnadas obras de infraestrutura remanescentes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e demais projetos previstos por Estados e municípios. Além disso, a crise tem conferido um ritmo lento às contratações de novos empreendimentos imobiliários no Minha Casa Minha Vida (MCMV), especialmente na faixa 1, que é voltada para a população mais carente e requer subsídios dos cofres públicos.