A insegurança é uma característica que pode atingir qualquer pessoa. Juliette Freire, campeã do Big Brother Brasil 21, que o diga. Com mais de 33 milhões de seguidores em suas redes sociais, nome forte da publicidade brasileira, disco lançado e considerada um fenômeno, a paraibana admitiu que luta contra a “síndrome de impostora”.

Em entrevista ao podcast Prazer, Renata, da jornalista Renata Ceribelli, divulgado neste domingo (9), a campeã do BBB 21 falou sobre a dificuldade em lidar com a fama e que recorreu à terapia para tentar conviver com a vida depois do reality show.

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A presidente do Conselho da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH) Brasil, Eliane Ramos, explica que essa síndrome pode acometer tanto mulheres quanto homens e das mais diferentes áreas. No entanto, as mulheres tendem a ser as mais afetadas devido à sobrecarga para conciliar trabalho e vida pessoal.

“Pode acontecer mais com as mulheres porque a jornada é maior – cuida de filhos, da casa. Esses sintomas e sentimentos de incapacidade (são mais comuns). Precisa ter um equilíbrio entre trabalho e vida pessoal”, diz.

De modo geral, a síndrome do impostor se caracteriza por pessoas que são profissionais preparados e competentes, mas que duvidam da sua própria capacidade. “Não se sentem bons o suficiente para conseguir uma promoção. A pessoa entende que ela é uma fraude. Não acredita nela mesma”, explica a especialista.

Normalmente, isso leva à baixa autoestima, ansiedade, perfeccionismo, receio de ser exposta, porque acredita que não é competente, e que isso pode ser descoberto pelas pessoas.

“Essas pessoas que se cobram muito, têm uma culpa muito forte. Isso gera falta de autoconfiança e pode prejudicar a pessoa, que quer fazer tudo no maior resultado possível, mas com a maior perfeição”, explica Ramos.

No caso da Juliette, a influenciadora disse em entrevista que o assunto é tratado em sua terapia. “Vários artistas falam: ‘Juliette, se empodere disso, aceite que sua vida agora é outra’. Porque, às vezes, eu fico insegura, mas eu não sei se eu sou… Cai nesse lugar da síndrome de impostora também”, declarou.

Juliette também comentou que começou a se questionar sobre sua competência. “Será que eu sou tudo isso que as pessoas falam? Eu sei que eu sou uma pessoa boa, eu sei que eu sou uma pessoa inteligente, eu sei de tudo isso, mas uma artista, uma grande artista, eu preciso me empoderar disso, porque eu ainda sou insegura”.

Advogada e maquiadora, Juliette também falou como era sua vida antes da fama e do que sente falta. “Da leveza que eu tinha antes, da irresponsabilidade em diversos momentos, de sair com os meus amigos, de saber da vida de todo mundo, de falar da minha vida para todo mundo, é mais isso que briga com a Juliette de antes”, concluiu.