São Paulo, 22 – O Sindicato das Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat-RS) solicitou ao governo uma “rápida resposta” em relação ao movimento dos caminhoneiros, que protestam em vários pontos do País por causa do preço do óleo diesel. Conforme o Sindilat-RS informou, em nota, o ato está represando cargas de produtos perecíveis da cadeia produtiva nas vias gaúchas e “já compromete a atividade fabril nesta terça-feira”.

“Sem a liberação dos veículos, os laticínios gaúchos ficam impossibilitados de realizar a captação de 12,6 milhões de litros de leite cru em 65 mil propriedades rurais do Rio Grande do Sul”, informou o sindicato. “O leite é um produto vivo e sujeito a rígidas normas de captação. Se os veículos não chegarem às propriedades dentro do prazo, os produtores terão sua produção descartada, um prejuízo gigantesco para um setor que vive momento de dificuldade ímpar em sua história.”

O Sindilat disse, ainda, que se solidariza com o movimento dos caminhoneiros mas, em caráter emergencial, solicita que o governo negocie com os manifestantes a flexibilização para o livre trânsito de caminhões de leite carregados ou não, até porque estes estão devidamente identificados para essa finalidade conforme prevê a Lei do Leite.