Sindicato dos trabalhadores do Google publica carta polêmica com críticas à companhia

Alphabet Workers Union é um grupo de mais de 200 trabalhadores dos Estados Unidos que acreditam que a estrutura do Google precisa de mudanças (Crédito: Divulgação/Alphabet Workers Union )
Nesta terça-feira (5), o The New York Times publicou em sua edição impressa uma carta de um sindicato dos trabalhadores do Google. O documento afirma que os comandantes da companhia de tecnologia estão fazendo tudo pelo lucro sem se importar com os trabalhadores menos remunerados. “Alguns executivos ricos definem o que a empresa produz e como seus trabalhadores são tratados. Esta não é a empresa para a qual queremos trabalhar”, diz um trecho da publicação.
A carta remete a duas engenheiras de software, presidente e vice-presidente do “Alphabet Workers Union“, Parul Koul e Chewy Shaw, respectivamente. Elas comandam a entidade com mais de 200 trabalhadores dos Estados Unidos, que atuam na Big Tech, que acreditam que a estrutura do Google precisa de mudanças.
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Trabalhadores temporários
De acordo com a carta, cerca de metade dos trabalhadores do Google são temporários. Eles recebem salários mais baixos e tem menos benefícios em comparação com os empregados de tempo integral, embora façam exatamente o mesmo trabalho.
“Eles também têm maior probabilidade de ser pretos ou pardos – um sistema de emprego segregado que mantém metade da força de trabalho da empresa em funções de segunda classe. Nosso sindicato buscará desfazer essa grave desigualdade”, diz o artigo, publicado pelo The New York Times.
Apoio a governos repressivos
Em outro trecho da carta, as líderes afirmam que a Alphabet (dona do Google) apoiou governos repressivos. “Nossos chefes têm colaborado com governos repressivos em todo o mundo. Eles desenvolveram uma tecnologia de inteligência artificial para uso pelo Departamento de Defesa e lucraram com anúncios de um grupo de ódio.”
Preconceito
Outra parte do artigo aborda o racismo. “Mais recentemente, Timnit Gebru, uma das principais investigadoras de inteligência artificial e uma das poucas mulheres negras na sua área, disse que foi despedida por seu trabalho de combate ao preconceito”, informa o artigo, publicado pelo The New York Times. Ela conduzia uma investigação que era crítica aos modelos de Inteligência Artificial (I.A.) em grande escala e realizava esforços para inclusão.
Propósito
A carta termina abordando o propósito do sindicato: “Nosso sindicato trabalhará para garantir que os trabalhadores saibam no que estão trabalhando e possam fazer seu trabalho por um salário justo, sem medo de abuso, retaliação ou discriminação”. “Nosso sindicato estará aberto a todos os trabalhadores da Alphabet, independentemente da classificação”, informa a carta publicada pelo jornal dos EUA.
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