As consequências em torno das declarações ao vivo de José Carlos Siqueira Junior, o Sikêra Jr, da RedeTV!, seguem gerando polêmicas e processos judiciais. Desta vez, o apresentador do Alerta Nacional entrou com um processo contra Jacson Damasceno, que comanda o Brasil Urgente do Rio Grande do Norte, da Rede Bandeirantes.

Segundo o site Na Telinha, Sikêra Jr. pede indenização de R$ 44 mil por danos morais e uma retratação em seu programa de televisão. Damasceno criticou as declarações de Sikêra e pede respeito à comunidade LGBTQIA+.

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“O que o senhor construiu neste tempo todo? Desde que você explodiu com as suas palhaçadas, o que você faz? O que você trouxe de construtivo para o Brasil? De útil para o Brasil? Quem é você comparado a Paulo Gustavo? Quem é você comparado a Clodovil? Quem é você comparado a Cássia Eller? Comparado a Renato Russo? Comparado a Cazuza? A sexualidade da pessoa não diferencia em nada. Se enxergue rapaz, você é um coroão velho, se enxergue, se coloque no seu lugar”, teria tido Damasceno, de acordo com destaque apresentado pela defesa de Sikêra.

A audiência de conciliação está marcada para 20 de outubro. A defesa de Sikêra alega que o apresentador “encontra-se injustamente com a imagem abalado, pois o réu busca mostrar o autor como sendo um mau apresentador, alguém sem caráter”, diz trecho da petição judicial.

Relembre a história
Sikêra Jr coleciona ataques contra o público gay: em 18 de junho perguntou, em rede nacional: “Já pensou ter um filho viado e não poder matar?”. Em 28 de junho, Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, o apresentador referiu-se aos integrantes dessa comunidade como “raça desgraçada e nojenta” ao criticar uma propaganda do Burger King.

Sikêra então sofreu uma forte campanha de boicote (desmonetiza Sikêra) através do Sleeping Giants Brasil e chegou a perder o patrocínio de 90 empresas, segundo estimativa do Correio Braziliense. Manifestantes chegaram a protestar na frente da RedeTV!, em São Paulo.

Com a pressão, Sikêra iniciou o programa de 29 de junho pedindo desculpas a quem tenha se sentido ofendido com suas declarações. Ele também assumiu que criou uma empresa falsa para anunciar em seu programa com a perda de investimentos publicitários.

No dia 15 de setembro, Sikêra leu ao vivo a decisão judicial que manda suspender a campanha de desmonetização. “O que esses caras fizeram com minha família e comigo. A resposta está dada. A família brasileira está dando a resposta”, disse aos prantos.

Quem também processou Sikêra com a acusação de homofobia foi o suplente de deputado estadual Agripino Magalhães. O político pede indenização de R$ 100 mil por homofobia, calúnia e difamação que teriam sido cometidos pelo apresentador.

“Tem um cabra safado lá de São Paulo que é suplente de baitola. Ah, vai dá teu caneco pra lá, cabra safado. Isso é coisa de… coisa de… de vagabundo, giletão”, rebateu Sikêra ao vivo.