Um jingle publicitário marcante, minigames que dão desconto dentro do aplicativo de vendas e até Jackie Chan falando português. Foi dessa maneira que a Shopee conseguiu, em apenas dois anos, tornar-se o app de comércio eletrônico mais baixado do Brasil, segundo a Reuters.

Controlada pelo grupo Sea, de Singapura, a Shopee conquistou usuários com o “Game in-app” graças à parceria com a Garena, provedora de títulos como “Free Fire”, “Fifa” e “League of Legends” para smartphones. Assim, usuários que vencem os jogos podem ganhar cupons de desconto em compras diversas.

+ Favelas, próxima fronteira do comércio eletrônico da Americanas
+ Atividade do comércio registra alta de 1,2% em julho, indica Serasa

Outro fator que contribuiu ao sucesso da empresa foi a própria pandemia causada pelo novo coronavírus, que fez as vendas com comércio eletrônico dispararem 44% em 2020, para U$ 42 bilhões, segundo dados da empresa de pagamentos Ebanx. Foi nesta expansão que a empresa conseguiu crescer no Brasil e fazer frente aos líderes de mercado do segmento de e-commerce: Magalu e Mercado Livre.

A Shopee, no entanto, deve ser apenas o primeiro passo do Sea Group no Brasil. Segundo a Reuters, uma fonte afirmou que a Sea considera investir em startups na América Latina, porém o retorno em comércio eletrônico em países como Chile, Colômbia e México não surtiram o mesmo retorno que no mercado brasileiro.

O diretor corporativo da Sea, Yanjun Wang, em entrevista à Reuters, classificou o Brasil de “um bom mercado para investimentos contínuos”.

O maior desafio da empresa no Brasil, contudo, é a entrega. Com a privatização dos Correios, a empresa já aposta nem parcerias com entregadores privados, mas ainda está distante de montar o esquema de entrega do Mercado Livre, por exemplo, que tem oito centros logísticos que permite entregar produtos para 2.100 cidades em até 24 horas.