Começa nesta sexta-feira (1) a greve dos servidores do Banco Central. Sem período de retorno aos serviços, os principais serviços da instituição, como o Pix, podem ser diretamente afetados pelas paralizações.

A previsão do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) é de que entre 60% e 70% da categoria entre em greve. Dessa forma, tanto o Pix, quanto serviços como distribuição de moedas e cédulas e a divulgação de boletins como o Focus, poderão sofrer algum tipo de interrupção – o Pix, por exemplo, conta com um sistema que monitora e evita fraudes.

+ Ibovespa sobe após dados econômicos e com guerra na Ucrânia em foco

Para se proteger desses problemas, o BC afirmou que tem um plano de contingência para manter o funcionamento regular do Pix, do Sistema de Transferência de Reservas (STR), entre outras atividades do órgão. A estratégia para a manutenção da operação, no entanto, não foi revelada.

Os servidores estão sem reajuste salarial há três anos e pedem uma recomposição de 26,3%, além da reestruturação da carreira de analistas e técnicos. A grita teve início após a indicação feita pelo presidente Jair Bolsonaro, em fevereiro, de que iria promover um grande aumento salarial para os funcionários da Polícia Federal.

Desde então, os funcionários do BC mostraram seu descontentamento e, no dia 17 de março, iniciaram uma campanha de paralisações diárias das 14h às 18h. Além disso, eles reclamam que o presidente da Instituição, Roberto Campos Neto, não defende os servidores junto ao governo federal. Neste momento, inclusive, ele está de férias.