O Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados e Tecnologia da Informação do Estado de São Paulo (Sindpd) se reunirá nesta quarta-feira, 29, com a direção da Dataprev (Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social) em São Paulo para definir o funcionamento da estatal durante a greve dos funcionários, que se iniciará nesta quinta-feira, 30.

A Dataprev processa dados de políticas sociais do governo, como benefícios previdenciários e liberação do seguro desemprego, por exemplo. Como é um serviço essencial, tem de continuar a ser prestado durante a paralisação, mas a reunião irá definir qual será a necessidade mínima de funcionamento.

Segundo a assessoria de imprensa do Sindpd, contudo, a greve tende a atrasar mais a concessão de benefícios do INSS.

Atualmente, 1,3 milhão de solicitações de benefício estão sem análise há mais de 45 dias.

De acordo com o Sindpd, a paralisação dos servidores da Dataprev já atinge 10 Estados: Brasília, Ceará, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraná, Mato Grosso e Alagoas.

O Sindpd afirma que o movimento é contra as demissões forçadas ao redor do País na estatal e também tem o objetivo de alertar a população sobre a importância da Dataprev e sobre os riscos de privatização da estatal, que tem acesso aos dados de trabalhadores ativos e inativos do País.

A Dataprev entrou em janeiro no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) para ser concedida ou vendida.

A greve também quer chamar a atenção sobre a necessidade de investimento na empresa para a digitalização total do sistema, o que ajudaria a diminuir a fila do INSS, diz a assessoria.