Os servidores da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) decidiram na noite desta segunda-feira, 4, durante assembleia virtual, realizar uma paralisação no próximo dia 12 de abril caso o governo federal não atenda ao pleito da categoria por reajuste salarial de 27,51%, porcentual referente à inflação acumulada prevista de janeiro de 2019 a dezembro de 2022.

Segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Servidores da Comissão de Valores Mobiliários (SindCVM), Hertz Viana Leal, um ofício será reenviado ao secretário de Gestão e Desempenho de Pessoal, Leonardo Sultani, pedindo o reajuste e pleiteando a atualização dos valores do auxílio-saúde e ressaltar a importância de concurso público para dar fim ao déficit de pessoal.

No ofício, que já havia sido encaminhado em novembro do ano passado ao governo, sem que houvesse resposta, o sindicato vai acrescentar a solicitação da revogação do decreto 10.620, que muda a gestão da aposentadoria dos servidores para o INSS, e exigir uma solução para o destino da taxa de fiscalização, que deve pertencer ao orçamento da CVM, para atender aos serviços prestados.

“Caso não haja manifestação da secretaria até lá 11 de abril, haverá paralisação na terça-feira (12 de abril) e nova assembleia na quarta-feira (13) para votar indicativo de greve”, destacou Leal. “Entramos em estado de greve, pois essa notificação ao governo faz parte do preparativo para greve que será definida na assembleia do dia 13.”

Leal destacou que a decisão foi aprovada por unanimidade. “É importante que estejamos unidos com os demais sindicatos do núcleo financeiro para que encontremos uma estratégia conjunta de pressão. É preciso garantir o reajuste e condições de trabalho para que os servidores sigam oferecendo um serviço público de qualidade”, destacou.