“Senhores vereadores e vereadoras, nenhuma criança nasce preconceituosa. São os adultos que ensinam isso. E são os adultos que podem ensinar também o respeito, a tolerância e o amor”. Foi assim que Maria Luiza Meneghon, de 8 anos, abriu seu discurso na terça-feira, 7, na Câmara de Vereadores de Palmas, Tocantins.

A estudante do 3º ano do Ensino Fundamental, mostrou sua insatisfação por conta da mudança de nome do Cmei Arco-Íris. O local deveria se chamar Arco-Íris, mas o vereador Filipe Martins, do Partido Social Cristão (PSC), alegou que poderia fazer apologia à homossexualidade, e mudou o nome do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) para Romilda Budke Guarda.

Maria Luiza é vizinha do vereador Júnior Geo, do Partido Republicano da Ordem Social (PROS), e o procurou para questionar a mudança de nome do Centro Municipal de Educação Infantil. Júnior Geo decidiu convidá-la para falar sobre a mudança na Câmara de Vereadores da cidade.

“Eu como criança digo: o preconceito não me representa, o desrespeito não me representa, a intolerância não me representa, o ódio não me representa, somos diferentes uns dos outros, mas temos direito à igualdade. Homens, mulheres, negros ou gays somos todos seres humanos e devemos respeitar e acolher a opinião e opção de cada um”, disse Malu, como é conhecida.

Geo explicou que ela disse que o arco-íris é algo puro para as crianças, e é exatamente essa pureza que ela queria demonstrar aos vereadores. No final, ele agradeceu a presença da garota e valorizou a importância de pessoas que pensem dessa maneira para construir uma sociedade melhor.