CHICAGO (Reuters) – O senador dos EUA, Jon Tester, apresentou um projeto de lei nesta quinta-feira para suspender as importações de carne bovina brasileira para os Estados Unidos e pediu que especialistas revisassem “a segurança de commodities” após relatos na imprensa sobre o Brasil ter atrasado a comunicação de dois casos da doença da vaca louca.

O projeto de Tester, que é democrata de Montana, segue pressões políticas de produtores de gado dos EUA que estão pedindo a suspensão de importações de carne bovina fresca brasileira devido a questões sobre quais processos o Brasil utiliza para detectar doenças animais e outras possíveis ameaças de alimentos para consumidores.

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O Brasil, maior exportador de carne bovina do mundo, suspendeu as exportações para seu principal parceiro, a China, após a confirmação, no início de setembro, de dois casos “atípicos” da doença da vaca louca – ou encefalopatia espongiforme bovina (EEB) – em duas unidades distintas domésticas.

Mas os casos foram detectados originalmente em junho, bem antes de serem reportados para parceiros comerciais na Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), de acordo com uma carta enviada no dia 12 de novembro pela Associação Nacional de Produtores de Carne para o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).

O USDA, que regula importações de carne para os Estados Unidos, não respondeu imediatamente aos pedidos de comentários.

Os Estados Unidos importaram 62,3 milhões de dólares de carne bovina e produtos de carne bovina do Brasil nos primeiros nove meses do ano, um aumento de 36% em relação ao mesmo período um ano antes, de acordo com dados comerciais norte-americanos. Em volume total, o Brasil foi o segundo maior fornecedor de importações de carne bovina e produtos para os EUA no período, atrás apenas do México.

(Reportagem adicional de Leah Douglas, em Washington)

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