O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta quinta-feira (1) um plano fiscal bipartidário que aumenta os gastos federais em 320 bilhões de dólares e suspende o teto da dívida por dois anos, após a próxima eleição presidencial.

O acordo de orçamento foi aprovado por uma votação por 67 a 28 no Senado controlado pelos republicanos, uma semana depois de também ter sido aprovado na Câmara de Representantes, de maioria democrata.

O plano prevê gastro discricional de mais de 1,3 trilhão de dólares no ano fiscal de 2020, uma alta significativa aos limites orçamentários para Defesa e gastos nacionais.

Ao suspender o teto da dívida até 31 de julho de 2021, o acordo permite ao governo federal pedir mais dinheiro emprestado e evitar um default nos próximos meses.

Vários senadores republicanos votaram contra a medida, inclusive Ted Cruz, do Texas; Rick Scott, da Flórida; e Mitt Romney, de Utah.

“Este acordo de orçamento já é outra oportunidade perdida para frear o gasto governamental excessivo”, disse Cruz em um comunicado.

“Infelizmente, este projeto de lei faz com que se perpetuem os grandes programas de governo dos democratas, aumenta nossos déficits e nos endivida ainda mais”, destacou.

O secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, alertou recentemente que sem um acordo, o governo poderá ficar sem recursos no começo de setembro.

A iniciativa agora será enviada para sanção do presidente Donald Trump.

Trump saudou o acordo, dizendo que era “fenomenal para nosso grande Exército, nossos veterinários e trabalhos, trabalhos, trabalhos!”

“Um acordo de dois anos nos leva além das eleições”, disse. “Vamos, republicanos, sempre há tempo de sobra para cortar!”

Embora Trump tenha elogiado o acordo como um “compromisso real” que impulsiona o financiamento militar, é um retrocesso significativo para o objetivo declarado da Casa Branca de conter os gastos.

O acordo inclui cerca de 75 bilhões de dólares em aumento de gastos para compensação, substancialmente menos que os que o governo Trump solicitou.

Espera-se que o plano pressione o déficit do orçamento anual em mais de um trilhão de dólares no ano que vem.