O Senado da Argentina vai votar nesta terça-feira (29) o projeto que pode legalizar o aborto no país. De autoria do presidente Alberto Fernández, o tema foi aprovado pela Câmara há pouco mais de duas semanas e agora pode ser liberado em definitivo.

Um levantamento realizado pelo jornal Clarín indicou que o resultado deve ser apertado. Até o momento, 33 senadores se declararam favoráveis ao projeto de legalização aborto e 32 estão contra. Dois parlamentares devem se ausentar da votação e 5 estão indecisos. Em caso de empate, a presidente do Senado e vice-presidente da República, Cristina Kirchner, terá o poder de desempate na votação agendada para 16h.

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Na Câmara, o projeto de lei avançou com 131 votos favoráveis e 117 contrários, além de seis abstenções. Foram mais de 20 horas de debates e discursos antes da votação, algo que deve se repetir hoje.

Atualmente a lei argentina só prevê a interrupção da gravidez quando há risco de vida para a mãe ou em casos de estupro. O que o projeto propõe é que a gestação possa ser interrompida até a 14ª semana e o procedimento deve ser feito em até 10 dias do pedido feito ao serviço de saúde.

Além disso, a mãe deve ser maior de 16 anos e precisará do consentimento dos pais se for mais nova do que isso. Caso os pais rejeitem o pedido da filha, ela terá apoio jurídico para resolver a questão.