O presidente Jair Bolsonaro dificilmente responde perguntas que o incomodem, ou o deixem exposto em entrevistas, mas no Facebook e no Twitter, onde o espaço é aberto, muitos seguidores o estão questionando sobre a alta incessante nos preços de produtos e alimentos.

Irritado, em algumas das respostas que dá aos questionamentos de seguidores mais exigentes, Bolsonaro quer sempre transferir a responsabilidade: a culpa é dos governadores, que ampliaram medidas de restrição social durante a pandemia.

+ Sem vacina em Nova York, Bolsonaro precisa comer em pé e do lado de fora

Um levantamento feito pelo portal Metropoles indicou que de abril a setembro deste ano, pelo menos 37% das respostas a questionamentos foram direcionadas sobre inflação no País. Em praticamente todas essas respostas, Bolsonaro respondeu dizendo que “Na refinaria a gasolina está barata”, fez perguntas do tipo “Quanto seu governador cobra de ICMS?”, e emendou a clássica “Fique em casa, a economia a gente vê depois”, entoada por ele desde o início da pandemia da covid-19.

Em muitos dos casos, seguidores mais fiéis do bolsonarismo atacam as pessoas que levantam os questionamentos, e o próprio presidente usa fotos pessoais dessas pessoas para exporem elas nas respostas.